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A CARROÇA É NOSSA

 

 

 

 

 

Sinopse do espetáculo:

 

Tudo começa com um sonho de Pedoca (Lauande Aires), em que vê a si próprio em uma carroça puxada por um burro, cantando, tocando sanfona e sendo feliz. Ao despertar, encontra a carroça, mas não o animal que pudesse puxá-la. Em sua busca pelo burro, encontra Toinha (Gisele Vasconcelos), que sonha por um amor verdadeiro; Joaninha (Cris Campos), que anseia por proteção e Cecé (Renata Figueiredo), cujo sonho é encontrar sua família. Durante a busca, percebem que seus destinos não se cruzaram à toa e que precisam desvendar um enigma que envolve a carroça.

 

Ficha Técnica Dramaturgia, Encenação e Música: Lauande Aires.

Elenco: Gisele Vasconcelos, Renata Figueiredo, Lauande Aires e Cris Campos.

Figurino: Cacau de Aquino.

Maquiagem: Cris Campos.

Adereços: Renata Figueiredo, Cris Quaresma e Ana Tereza.

Técnico de som: Cidecley Botão Campelo.

Concepção Original: Claudio Vasconcelos.

Designer Gráfico: Jonilson Bruzzaca.

Fotos: Márcio Vasconcelos.

Imagens do Vídeo: Beto Pio e Carol Libério.

Produção Executiva: Grupo Xama Teatro.

 

Sobre a carroça é nossa.

 

Da oralidade ao texto escrito, o processo de criação do espetáculo A Carroça é Nossa, pelo Grupo Xama Teatro, segue um caminho de experiências compartilhadas por atores contadores brincantes que partem da tradição e da memória para a criação artística de seus espetáculos.

 

O chão dessa criação é o Maranhão com suas histórias, lendas e ritmos. Na trilha do fazer do ator que canta, dança e narra, o espetáculo surge como criação coletiva, em 2005, na proposta de trazer para o presente um jogo repleto de oralidades. Nessa inspiração inicial, pregoeiros da alegria competiam entre si, contavam lendas de São Luís e desafiavam, uns aos outros, com trava-línguas, parlendas e outras sonoridades advindas da transmissão oral.

 

Concebido, às avessas dos edifícios cênicos, para apresentação em espaços ao ar livre, o espetáculo, A Carroça é Nossa, vai ao encontro do público. Em qualquer espaço forma-se a roda, cuja função de consagração, altera o espaço urbano para dar lugar a uma forma de arte fundada na artesania do gesto e da voz, cuja tradição da oralidade se encontra como fundamento e fundação.

 

Após oito anos trabalhando com roteiros improvisados, em 2013 o texto do espetáculo é construído poeticamente nas formas de verso e prosa, mesclando sempre a conversação com a plateia e revezando o diálogo entre personagens e audiência.

 

O texto foi criado a partir das etapas de apresentação da brincadeira do bumba-meu-boi do Maranhão: Guarnicê ou Reunida, que é a preparação para o início da brincadeira; Lá Vai, momento no qual se anuncia para a assistência que a brincadeira está a caminho; Chegada ou Licença, quando se pede permissão para a apresentação; Comédia, momento da apresentação do drama central; Urrou, momento da festa e comemoração. Por fim, a Despedida, etapa final da apresentação.

 

No jogo de interpelação com a plateia, de versificação com sua mistura da fala e do canto, o espetáculo A Carroça é Nossa traz, na raiz de toda sua criação, a memória e a tradição como alimento para o material orgânico e narrativo do ator contador brincante.

 

Currículo do Elenco:

 

GISELE VASCONCELOS - Nasceu em São Luís, Maranhão, em 1975. É professora do Departamento de Artes da UFMA, e realiza pesquisa de doutorado sobre o ator-narrador no Programa de Pós Graduação da ECA/USP. É bolsista da FAPEMA e atriz fundadora do Grupo Xama Teatro onde desenvolve atividades artístico-pedagógicas nas formas de espetáculos, oficinas, contadores de histórias e programa radiofônico, tendo como ponto de partida a arte de narrar. Dirigiu o espetáculo A Besta Fera: biografia cênica de Maria Aragão (Prêmio Funarte de montagem Myriam Muniz 2007), atua como atriz no espetáculo de rua A carroça é nossa (Prêmio Funarte Artes na Rua 2012). Em 2014, comemora 20 anos de profissão. Sua estreia nos palcos deu-se em novembro de 1994, com o espetáculo Os Saltimbancos, sob a direção do bonequeiro Beto Bittencourt. Foi integrante, de 2001 a 2007, da Cia Tapete, com atuação nos espetáculos Galateia Club, Iaô o caminho dos mistérios e Doroteia - farsa irresponsável de Nelson Rodrigues. No Centro de Pesquisa em Artes Cênicas - MA, atuou no espetáculo A Missão, de Heiner Muller (1997-1999). Desde 1994 participa de Festivais de Teatro, em território nacional ( RJ, RS, CE, DF, RD) tendo ainda participado, como dançarina popular e capoeirista do FITEI, em Portugal, com o Laborarte e, como diretora do solo A Besta Fera, do II Festival del monólogo latinoamericano, na cidade de Cienfuegos, em CUBA. É gestora cultura e foi diretora do Teatro Arthur Azevedo e do Centro de Criatividade Odylo Costa filho. Atualmente coordena o projeto de extensão Minha Mãe Preta, na UFMA e participa do espetáculo dos grupos Petite Mort e Xama Teatro, As Três Fiandeiras, como ação para a pesquisa de doutorado em andamento.

 

CRIS CAMPOS - Cris Campos é Arte Educadora (UFMA/2008), atriz, contadora de histórias, diretora de teatro, produtora, cantora e compositora. Na música Cris iniciou sua trajetória em 2000. Já gravou nos discos de Madian e o Escarcéu, Bandida 2014 e Coletânea Projeto BR135. Entre 2010 a 2012, Cris se tornou cantora oficial do tradicional bloco carnavalesco “Bandida” de São Luís. É fundadora, cantora, compositora e produtora das bandas independentes e autorais Coletivo Gororoba e Afrôs, ambas de São Luís-Ma. Tais bandas já se apresentaram em festivais, congressos, mostras, eventos independentes, privados, municipais ou estatais na cidade de São Luís. Participou da caravana BR135 que levou artistas e bandas maranhenses para se apresentarem na Feira da Música 2013, em Fortaleza, onde fez show com Afrôs e Coletivo Gororoba. É encenadora, dramaturga, cantora e musicista do espetáculo cênico- musical Inoromô do grupo Afrôs, que atualmente circula por 10 Estados brasileiros, pelo projeto SESC Amazônia das Artes. É produtora de todas as edições da mostra de artes integradas “Eita Pequena Arteira”, realizada anualmente em São Luís pela banda Afrôs. O evento está na sua 5ª edição. Foi produtora dos documentários Rainhas de Raíz/ 2012, de Rebeca Alexandre (2 prêmios Guarnicê de cinema) e Invisível-Visivel: O Miolo/2008, de Cris Campos, e ainda do curta metragem Juca Pé de Bode/2010, de Fábio Azevedo. Na área de Arte Educação trabalha desde 2011 como professora de teatro do curso Oficina de Atores da Globo, do diretor Leo Niklevis, dirigindo 05 espetáculos em São Luís- MA, 03 espetáculos em Terezina - PI, 05 espetáculos em Aracaju- SE e 03 espetáculos em João Pessoa - PB. Entre 2012 e 2013 foi professora de teatro da Escola de Atividades Corporais e Artísticas Attivitá, onde dirigiu 03 espetáculos. Coordenou em 2010 e 2011 os projetos culturais e sócio-educativos do Museu Histórico e Artístico do Maranhão - MHAM. Como Atriz (DRT:474/MA) atuou em montagens do grupo Cena Aberta; A Casa da Baronesa Produções Artísticas; Grupo Abluir de Teatro e Xama Teatro. É atriz do espetáculo de rua "A Carroça é Nossa!" (prêmio FUNARTE Artes Cênicas na Rua 2013), da Xama Teatro. Foi atriz dos curta-metragem “Positivo/2005” de Diógenes Estrela, Meus 20 Melhores Amigos/2012, de Ramusyo Brasil e do vídeo clipe Spray de Pimenta, da banda Coletivo Gororoba.

 

RENATA FIGUEIREDO - Natural do Rio de Janeiro, nascida em setembro de 1973. Ingressou na carreira teatral quando ainda morava em Porto Alegre (1994). É Arte-educadora com habilitação em Artes Cênicas, UFMA, mestre em Educação, UFMA e especialista em Artes Visuais, SENAC. Foi atriz e contadora de histórias da Cia. Tapete, Criações Cênicas (2002-2007), onde participou dos espetáculos: Iaô, o caminho dos mistérios (2003-2005), A Carroça é Nossa (2005 até hoje) e Dorotéia (2006). Como contadora de Histórias, realizou apresentações na Mostra Cariri de Artes (2004 e 2005), Simpósio Internacional de Contadores de Histórias (SESC-RJ) e Feira do Livro de São Luis (2007, 2008, 2009, 2010, 2011). Desde 2004 apresenta o programa Estação Era Uma Vez, veiculado pela Rádio Universidade FM e disponibilizado pela ARPUB para todas as rádios públicas do país. O programa foi vencedor do prêmio Roquete Pinto, 2010, na categoria infanto-juvenil. Em 2007, participou da fundação do Grupo XAMA TEATRO, no qual dá continuidade ao repertório iniciado na Cia. Tapete, Criações Cênicas: apresentações e oficinas de contadores de histórias, espetáculo A Carroça é Nossa e Programa Estação Era Uma Vez. Participou, no Grupo Xama, dos Espetáculos A Almanjarra (2008), Macaco, macaquice, macacada (2008 até hoje). As três fiandeiras (2015). Desde 2005 ministra oficinas de contadores de histórias para professores, bibliotecários e atores em diversas regiões do país. Como produtora executiva atuou na Semana do Teatro no Maranhão (2006-2009), Festival Maranhão na Tela (2007-2011), FTB Cena Baiana, em São Luis (2009). Foi coordenadora de projetos especiais no Centro de Criatividade Odylo Costa Filho (2006-2008) e Assessora Artística do Teatro Arthur Azevedo (2008-2009).

 

LAUANDE AIRES - Natural de São Luis, Maranhão, 35 anos, atua profissionalmente desde 1999. Cursou no Centro de Artes Cênicas do Maranhão e é graduando do curso de Teatro, UFMA. Foi diretor do Teatro Alcione Nazareth de 2007 a 2009 e um dos organizadores da Semana de Teatro no Maranhão de 2007 a 2011. Seus principais espetáculos foram Viva El Rei D. Sebastião com texto e direção de Tácito Borralho (1999), Fuenteovejuna de Lope De Vega e direção de Tácito Borralho (2000), A Carroça é Nossa! Com o grupo Xama Teatro (2009/2014). Escreveu e atuou nos espetáculos O Casamento Medieval (2001), A Endogenia do Coco, (2002), O Besouro e o Gafanhoto (2004), Guardiões da Natureza (2005) Balaco Baco e Natal dos Pequeninos (espetáculo infantil montado por três companhias de São Luis de 2006 a 2010). Foi compositor e diretor musical dos espetáculos A Receita (2000), Quem Roubou o meu Futuro (2002), e O Cavalo Transparente (2007 a 2009) espetáculo que lhe rendeu premiação de melhor ator e melhor trilha sonora no Premio Sated MA 2009. Em 2008 foi representante do Estado no Festival do Nordeste - Brasília, com performances de Chico e Catirina, e no Encontro Internacional de Teatro Contemporâneo Próximo Ato – São Paulo. Em 2009 foi ator/dançarino no Encontro de Música Regional “Acorde Brasileiro” em Porto Alegre, acompanhando banda Josias Sobrinho. Em 2010 foi autor e diretor de elenco da Radionovela “Dom Cosme: O tutor das Liberdades”, prêmio Roquette Pinto. Com o espetáculo O Miolo da Estória (2010/2014) além de participações em festivais nacionais ganhou 04 prêmios no Festival de monólogos Ana Maria Rego- Teresina (melhor espetáculo, melhor iluminação, melhor cenografia e melhor sonoplastia). No Mesmo ano ganhou prêmio do SATED/MA na categoria melhor ator e melhor espetáculo com a mesma montagem. Em 2012 ganhou o Premio Funarte de teatro Mirian Muniz e circulou por 06 cidades do norte do país e lançou o livro “Entre o chão e o tablado: a invenção de um dramaturgo” obra que reúne 04 textos e processos de criações e montagens.